OS EFEITOS DO RATING BRASILEIRO EMITIDO PELAS AGÊNCIAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SOBRE O CRÉDITO PRIVADO: UMA ANÁLISE NO PERÍODO DE 1994 A 2014
Resumo
As grandes agências de avaliação de risco Standard & Poor’s, Moody’s Investor Services e Fitch Ratings, assim como o banco americano J. P. Morgan Chase & Co., avaliam a probabilidade de um país não conseguir mais cumprir com suas obrigações. Esses chamados ratings têm um impacto direto sobre a economia de uma nação: quanto menor a categoria de risco, maior o interesse de investidores internacionais e nacionais naquela economia. Um aumento no risco soberano implica em um aumento nos custos de créditos e, ao mesmo tempo, em uma redução dos investimentos naquela economia. Sendo assim, este artigo tem como finalidade analisar os efeitos das avaliações de risco emitidas pelas grandes agências sobre o crédito privado no Brasil, um país emergente que ocupa o posto de sétima economia no mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional. Para atingir este objetivo foi aplicada a análise de correlação para demonstrar a dependência do crédito privado do rating soberano atribuído pelas agências de risco. Para isso, explicou-se as metodologias das avaliações de risco soberano das três grandes agências e do banco J. P. Morgan Chase & Co. e especificou-se as peculiaridades do crédito direcionado ao setor privado no Brasil. Com base nos dados históricos do período de 1994 a 2014 do rating soberano, dos saldos do crédito privado e da taxa de juros Selic, efetuou-se a análise de dependências entre essas variáveis. O resultado demonstra o efeito de um rebaixamento do risco soberano sobre o crédito privado no Brasil.
Palavras-chave
Rating. Agência de Avaliação de Risco. Crédito Privado. Países Emergentes
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