CONSTRUÇÃO DO SEXO: UMA LEITURA A PARTIR DE JUDITH BUTLER

Naghimi Hiromi Chales, Douglas Ochiai Padilha

Resumo


Este artigo discorre acerca da concepção de sexo e de gênero proposta por Judith Butler, filósofa pós-estruturalista, com a pretensão de compreender de que modo a pensadora concebeu sua teoria, apresentada primeiramente em sua obra “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade” publicada inicialmente no ano de 1990. O ponto de vista apresentado pela autora nesse livro foi revolucionário e é discutido até hoje, pois foi de contramão em relação às teorias feministas vigentes da época. Ao apontar o caráter construído do sexo, promove também uma nova leitura de gênero, e da própria constituição da identidade humana. Assim, o sexo é naturalizado a partir da cultura e o gênero possui a função de ser seu instrumento regulador. O corpo, portanto, é também artificial, seus significados são construídos mediante às leis do discurso hegemônico, a discussão cultura x natureza, a partir da teoria de Butler se vê vã. Em síntese, a seguinte pesquisa contempla o caráter fabricado tanto do sexo quanto do gênero, que mecanismos controlam essas categorias, e como a identidade de gênero é formulada, a fim de expor a contínua relevância do trabalho de Butler para os estudos de gênero contemporâneo.


Palavras-chave


Gênero e Sexo. Cultura. Natureza. Performatividade. Judith Butler.

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